Estou escrevendo uma matéria sobre bruxas. Bruxas de Santa Catarina.

Elas são diferentes das bruxas a que a maioria das pessoas estão acostumadas por serem resquício de uma tradição folclórica dos imigrantes açorianos que vieram colonizar a Ilha de Santa Catarina.

São seres do mal. Dividem-se em dois tipos: as terráqueas, que são bruxas porque querem ser (escolhem o caminho de Satanás e gostam de serví-lo), e as espirituais, que estão predestinadas a trilhar o maligno caminho. Segundo a lenda, a sétima filha de um casal que não produziu varões, será bruxa.

Contra elas só valem o dente de alho fechado, um crucifixo e objetos benzidos por água benta, e o signo-de-Davi (a estrela de Salomão, de seis pontas, o "sino-saimão").

Elas fazem mil maldades. Trançam nós quase impossíveis de desatar no rabo e na crina de cavalos, além de surrarem-lhe o lombo até sangrarem, unicamente para ver seus donos aflitos. Sugam sangue e energia de crianças para provocar a morte delas. Fazem rituais bruxólicos atemorizantes. Invadem a vida de pescadores e pessoas simples, fazendo maldades por onde quer que passem. Separam casais matrimoniados e noivados para verem a desgraça na família. Adentram as casas das pessoas pelo buraco da fechadura.

E atenção! Se você vir alguma delas voando em pleno luar na Lagoa da Conceição, cuidado: elas estão à solta!

Nenhum comentário: