Perfeito pra quem?


Imagine a pessoa que você ama bem do jeito que você quer, sem defeitos, sem coisas que te irritam, perfeitas. A idéia parece atraente? Pois é justamente esse o tema de Mulheres Perfeitas.

Assim que chega em uma nova cidade, após ser demitida do emprego, Joanna (Nicole Kidman) estranha o fato de que todas as esposas obedecem cegamente a seus maridos. Sem nenhum tipo de questionamento, elas fazem tudo o que eles mandam e parecem felizes com isso. Joanna passa a investigar a situação e descobre um plano que tem como objetivo evitar problemas familiares e constituir a família perfeita.

Dirigido por Frank Oz, o filme deixa a pergunta: Ta, mas o que seria um parceiro perfeito? Perfeito para quem? E nesse aspecto o roteiro (de Paul Rudnick, baseado em romance de Ira Levin) provoca indagações interessantes.

Mas o filme não se propõe a ser uma experiência filosófica para pensar a perfeição no âmbito familiar. Trata-se de uma comédia hollywoodiana leve, sem pretensões. Assim, somos levados a uma série de situações superficiais - muitas sem a menor graça – para forçar uma risada aqui e ali.

O elenco, com Nicole Kidman, Glenn Close, Matthew Broderick, Christopher Walken, Jon Lovitz, entre outros, ajuda a tornar Mulheres Perfeitas um pouco mais suportável. De qualquer forma, o filme em si é descartável, tem fórmulas enlatadas e serve para uma sessão da tarde quando não se tiver nada de melhor para fazer. O livro deve ser bem diferente.

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