Comitê Internacional da Cruz Vermelha no 60º aniversário da última Convenção de Genebra



















“Na História, sempre acontece assim: primeiro vem um ato terrível para depois se criarem normas para evitar que ele se repita.” Foi a partir daí que o assessor jurídico do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o argentino Gabriel Valadares, pontuou as Convenções de Genebra em uma linha de acontecimentos relacionados em causa e efeito. Aos 60 anos do quarto e último tratado que delimitou normas em conflitos armados internacionais, Gabriel Valadares e Michel Minning - chefe da delegação da Cruz Vermelha para o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – participaram do 8º Curso sobre Jornalismo em situações de conflito armado e outras formas de violência.

Se o 60º aniversário da última Convenção é um marco para o Direito Humanitário Internacional (DIH), não menos importante é mapear os locais de conflito que mais miséria, pobreza e carnificina geram na atualidade. Como na Somália, que vive há vinte anos em guerra e, para agravar a situação, ainda convive com uma seca que prejudica a colheita, deixa o gado em condições precárias e projeta uma insegurança alimentar na população, estimada em 8,3 milhões de habitantes dos quais 100 mil são refugiados.

Esse cenário de conflito está presente, em maior ou menor grau, em países como o Sudão, Paquistão, Iraque, Afeganistão, Congo, Sri Lanka, Israel. E é essa a área de atuação da Cruz Vermelha, que conta com 12 mil funcionários e estimativa de gastos anuais em US$ 1 bilhão, financiados voluntariamente por meio de contribuições de governos signatários das Covenções de Genebra, por organizações supranacionais, como a União Européia, e outras fontes públicas e privadas.

“Nós não temos que responder aos estados, como tem que fazer a Organização das Nações Unidas. O CICV é independente”, explica Michael Minning. “É assim que atuamos livremente em favor das vítimas de conflitos em todo o mundo.”

É por isso que a organização não faz denúncias ou declarações de juízo de valor sobre os lados opostos de um conflito. “Em tempo de guerra, nem tudo é permitido”, avalia Gabriel Valadares. “Não se trata de justificar as ações nos conflitos, mas diminuir o sofrimento das vítimas.”

Um comentário:

tachatha disse...

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